Em minha opinião a década de 70 foi onde o rock começou a
ter a forma que ele tem hoje...
ROCK Anos 70 trouxeram psicodelia, glamour e punk rock. Os
80, um som gótico, dark, com melancolia no ar.
A década de 70 estourou alguns movimentos que já estavam em
prática nos anos 60. Um deles foi o chamado rock progressivo, que tinha
composições de até 15 minutos, muitas vezes se aproximando da música erudita.
Os músicos eram virtuosos, e o som, viajante. A banda mais famosa dessa época
foi a Pink Floyd, que, no começo, tinha como letrista e guitarrista o insano
Syd Barret, que logo foi afastado por causa das drogas. O Pink Floyd ficou famoso com álbuns como The
Dark Side of The Moon e The Wall. Numa onda mais progressiva e menos
pop, estavam bandas como King Crimson, Gênesis, Emerson Lake and Palmer, Yes e
Love.
Com um estilo completamente diferente, no qual tocar não era
o mais importante e sim a atitude e a energia que se colocavam na música,
estavam os Stoogues de Iggy Pop, que já traziam a semente do punk. Iggy Pop era
o anti-herói do rock: franzino e mal-encarado. Xingava a platéia e cortava-se todo
no palco, ficando coberto de sangue. As drogas estavam lá, claro. E pesadas. A
banda formou-se em 67, em Michigan, e só gravou três álbuns.
Outra vertente do rock dos anos 70 foi o chamado heavy metal
ou sua quase alma gêmea: o hard rock. Aqui, roupas de couro pretas, cheias de
tachinhas, cabelos compridos e guitarristas metidos a semideuses. Muitas bandas
exploravam o tema do satanismo, o que arregimentava uma legião de fãs
adolescentes. Foi daí que surgiram o Black Sabbath, de Ozzy Osbourne, Judas Priest,
Scorpions, Iron Maiden, Kiss, Alice Cooper, AC/DC e muitos outros. O Led
Zeppelin também trafegava nessa praia, com um pouco mais de poesia, o que
traria uma das boas parcerias do rock: Robert Plant e Jimmy Page.
De outro lado, surgia um rock glamuroso em que a androginia
era parte do visual, que carregava na maquiagem e nas roupas espalhafatosas de
plumas e lamês. Era o glam rock ou glitter (purpurina). Aqui, aparece o
camaleão do rock: David Bowie, que, em 72, lançava o personagem Ziggy Stardust
e virava uma lenda da música pop. Dessa leva glam, também vem o excêntrico Roxy
Music, de Brian Ferry e Brian Eno; o T-Rex, de Marc Bolan, e os alucinados
rapazes do New York Dolls, que se vestiam de mulher e tocavam como loucos.
Fizeram a fama, com outros artistas (Patti Smith, Television, Richard Hell), do
santuário do punk de New York: O CBGB. Dali, também, saiu a turma dos Ramones,
que pode ser considerada a primeira banda punk da história e fazia um som
pesado e rápido, na base dos três acordes.
Na Inglaterra, em 75, Malcom Maclaren, que já tinha sido
empresário dos Dolls e era dono de uma loja de roupas que mais parecia um sex
shop, forma a banda que seria um dos maiores fenômenos da história do rock: os
Sex Pistols. Estava criada a base do movimento punk. Logo, camisetas rasgadas,
alfinetes de segurança, cabelos coloridos, arrepiados ou ao estilo índio
moicano eram a moda dos rebeldes londrinos. Os shows dos Pistols eram uma
loucura, assim como as performances do vocalista Jonnhy Rotten (Joãozinho Podre,
por causa dos dentes estragados) e do baixista Sid Vicious, que morreu de
overdose, em New York, aos 21 anos, acusado de assassinar a namorada Nancy
Spungen.
Com os Pistols, outras bandas punk aparecem. Dessas, a mais
importante foi a The Clash, formada em 76.
Da Alemanha, vem um som mais conceitual, uma mistura de
música erudita com efeitos eletrônicos, experimentações. Era o Kraftwerk, que
pode ser considerado o precursor da eletrônica, juntamente com o Can e o Neu.
Daí surge o Krautrock.
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