Particularmente não sou fã do rock da década de 60, mas
muitas bandas desta década foram influencias paras as bandas das décadas
seguintes...
Segue abaixo a continuação da historia do rock...
Nos anos 60,o mundo entrava de vez na sociedade de
consumo. A televisão ditava modas, e a guerra fria era a grande paranóia.
Garotos imberbes percebiam que a música era o grande sonho libertário. Eles
queriam mudar o mundo, mas, em vez de armas, eles pegavam em guitarras.
Em 61, na Califórnia, os Beach Boys faziam o maior
sucesso com uma surf music que tinha um pé no doo woop (aquele estilo de grupos
vocais, que usavam terninhos, estalavam os dedos e eram muito afinados). Brian
Wilson, o gênio por trás do grupo, estava decidido a fazer um disco inteiro
conceitual, e não apenas uma colagem de singles, como era costume na época.
Então, fizeram Pet Sounds, um dos mais lindos álbuns da história do rock.
Também nos Estados Unidos, Bob Dylan fazia um
cruzamento entre o folk e o rock. Nas letras, engajamento político e poesia.
Do outro lado do Atlântico, na primeira metade da
década, vinha a chamada invasão britânica, que tomou conta das paradas
americanas. Grupos que, influenciados pela música negra americana, agora
compunham as próprias canções, com refrão fácil, letras elaboradas e que
agradavam em cheio ao público jovem, alvo da indústria fonográfica pós-Elvis. Daí, vieram The Kinks, Animals, The Who, The Faces,
Rolling Stones e Beatles.
Os rapazes de Liverpool chegaram para sacudir o mundo,
estabelecer de vez a cultura pop e fazer da música uma verdadeira revolução.
Jovens e bonitos, logo caíram no gosto das mocinhas.
Nessa época, outra banda iria estabelecer novos padrões
para o rock. Agora, com uma atitude mais rebelde e agressiva e com um som mais
pesado, com raízes no blues: os Rolling Stones. Numa jogada de marketing, a
trupe de Mick Jagger era o oposto dos Beatles: nada de terninhos e sorrisos
para a platéia, os Stones eram durões e encarnavam a rebeldia que se espera de
uma banda de rock.
Os jovens continuavam procurando novos sons e formas de
expressar seus anseios. Em 65, surge, na Califórnia o The Doors, liderado pelo
gênio alucinado de Jim Morrison. Nessa época, as drogas eram comuns no rock, e
Morrison foi um voraz consumidor, que acabou morrendo de overdose, aos 27 anos,
em Paris. Outro americano que também foi fundo nas drogas e morreu de overdose,
aos 27 anos, foi o gênio da guitarra Jimi Hendrix.
Em meados da década, o movimento hippie estava a todo
vapor, pregando paz, amor e sexo livre. Além de Jimi Hendrix, Janis Joplin era
outro ícone desses jovens de cabelos grandes, batas e que usavam as drogas para
expandir a mente. O maior evento dessa geração foi o Festival de Woodstock,
que, em 69, reuniu milhares de jovens numa fazenda para três dias de música. É
em Woodstock que Crosby, Still, Nash and Young toca para mais de 400 mil
pessoas. Era a estréia de Neil Young no grupo, o bardo canadense, que já estava
na estrada com o seu folk desde o começo da década.
Mas, em Nova Iorque, no final dos anos 60, a história
era outra. Um movimento artístico reunia atores, poetas, artistas plásticos e
músicos, muitos deles gravitando em torno de Andy Warhol. E foi na Factory que
surgiu uma das bandas que mais influenciaram o rock nos anos seguintes: o
Velvet Underground. A banda conseguia juntar a poesia crua de Lou Reed, que
falava de drogas, travestis e prostitutas, com arranjos experimentais e de
vanguarda de Jonh Cale. Tudo isso, na voz melancólica da modelo européia Nico.
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